segunda-feira, 14 de abril de 2008

Recordar..



Estou em casa a ver as fotografias que tirei em Cabo Verde. Ponho um cd a tocar, abro a janela, sento-me ao computador e uma ligeira brisa de ar fresco nas costas faz-me ficar quase knock-out com uma crise de rinite alérgica. Como diria Vitor Espadinha no seu hit de outros tempos "Recordar é viver" leva aqui uma ligeira adaptação minha para Recordar é... adoecer.

Extras....


O despertador do telemóvel tocou às 5 da manhã. Hora de levantar porque tenho voo para Lisboa às 07:10h. Ligo a televisão para saber das condições meteorológicas em Lisboa para escolher a indumentária adequada para fazer face ao frio... Anunciava vento e chuva.
Conduzo devagar a caminho do aeroporto, a olhar para todos os lugares na tentativa de absorver todas as imagens que os meus olhos conseguem captar. No aeroporto, após fazer o check-in informam-me que o voo irá sair às 15:30h. Uma dádiva... mais umas horas em Santiago que me foram oferecidas como extras e que não quero desperdiçar.
Tenho tanta coisa para fazer... ver o Sol nascer, ver as pessoas e os lugares novamente que me tinha despedido no dia anterior. O dia amanhece com um calor de rachar e eu desprovido da minha bagagem e com roupa para enfrentar o frio invernal em Portugal. Não há muito a fazer.. o melhor é arregaçar as mangas e suar um bocado.
Até à hora de almoço foi um salto.. almoço improvisado e combinado à pressa. Fomos ao Bera-Mar na Prainha comer um peixe grelhado.
O sentimento desta recta final das férias remete-me o pensamento para Lisboa, onde após uma ausência de quase um mês ao trabalho, amanhã estarei no meu local de trabalho com a agenda sobrecarregada.
Quando olho para o relógio é hora de ir para o aeroporto. Já no aeroporto oiço a voz que me indica para me dirigir à porta de embarque. Nó na garganta, são horas das despedidas. Deixo a promessa de voltar em breve.
O voo acaba por sair só às 19horas (que grande seca que a pessoa que está em Lisboa à minha espera vai apanhar). Às 00:30h aterro em Lisboa. Este é o fim das histórias e relatos de um tuga na Ilha de Santiago, Cabo Verde.
Espero que este relato contado na primeira pessoa das aventuras que vivi, tenha sido elucidativo para os futuros visitantes e que aproveitem da melhor maneira possivel a vossa estada aqui.
Divirtam-se e tudo de bom para vós.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Z de zzzzzzzzzzzzz ( de dormir)


Em Portugal andei a resmungar e a reclamar porque não conseguia arranjar tempo para meter o sono em dia. Então consegui negociar com o chefe com o pretexto de estar extremamente cansado e consegui ausentar-me por algum tempo para recuperar energias e pagar finalmente as horas que devo à cama.
Não concretizei o que tinha proposto que era descansar o máximo de tempo possivel e nunca me levantar antes do meio-dia. Acabei por não descansar nada e dormir apenas umas 4 a 5 horas por noite ( quando me deixavam). O cansaço foi acumulando e as noites mal dormidas deram uma ajuda para ficar ainda mais cansado.
Como o disse anteriormente, andei sempre em movimento e não parei muito tempo no mesmo lugar. Aconteceu várias vezes quando me ligavam a perguntar se ainda estava no hotel, eu já estava no extremo oposto da ilha.
Não descansei mas aproveitei ao máximo a minha estadia por aqui. Foram umas férias em grande. Fica prometido o regresso.

X de Xiiiiiiiiiiiiiii ( já está a acabar? )


É verdade, as férias como tudo na vida quando são bem aproveitadas, o tempo passa a correr e nem nos apercebemos. Ainda não saí daqui e já estou com saudades das pessoas com quem desde a primeira hora, soube que iríamos construir e consolidar uma amizade forte que nada irá derrubar.
Hora de começar a arrumar a mala, fazer as últimas compras, meter o passaporte e o bilhete em local visível para que nada falhe e não haja esquecimentos. Hora de me despedir de todas as pessoas que foram muito especiais que me ajudaram e conviveram comigo nesta epopeia africana.
Muito obrigado a todos. Estão no meu coração.
" Si ka badu, ka ta biradu " - Eugénio Tavares
( Sem partires, não podes regressar )

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Y de ( feira do) Yá




Qualquer rua movimentada, em qualquer passeio e em qualquer lado serve de pretexto para os vendedores ambulantes estenderem a sua banca. São chamados de .
O vende maioritariamente artigos em segunda mão, geralmente roupa e calçado, vindos da Europa e da América, que são expedidos dentro de bidons e que depois quando chegam aqui ditam a moda... ou não!!!
O negócio agora está mau, segundo me confidenciaram. Os chineses "abancaram" aqui e ninguém consegue fazer face aos preços praticados por eles. Onde é que já vi isto?

W de (Do) We speak qualquer coisa..


Digamos que estava dificil de me lembrar de algo para escrever com a letra W para falar neste "diário de bordo" dos tempos modernos.
Não faz mal dar alguma publicidade a um albergue, tanto mais que este blog é visitado por gente de (quase) todo o mundo e convém os turistas saberem que podem ficar descansados no momento de comunicarem oralmente com este poliglota.
Só quero realçar um pequeno apontamento que vos poderá passar despercebidos: A Suiça ( CH) não tem língua oficial, adoptando o alemão, o francês, o italiano e o romanche como as quatro linguas oficiais deste país.
Este poliglota anda a encobrir mais valias para comunicação futura com turistas. Isso é que é...

V de Vinho


Ainda estou aqui a pensar o que vou escrever neste post para além do convencional, e pensei em escrever acerca das diferenças entre a água e o vinho.
Para os apreciadores do néctar dos Deuses, aqui vai mais uma prova que temos que continuar a beber vinho em vez de beber água.
Quem bebe água da torneira e que ainda não prestou muita atenção às análises presentes nas facturas, quero-vos informar em primeira mão de um composto presente na água que dá o nome de coleiformes fecais. Sem alarmar, digo-vos que os coleiformes fecais não é nada mais nem menos do que... merda que as estações de tratamento das águas não conseguiram diluir e são bactérias com elevado risco para a saúde pública. Ou seja, cada vez que estão a beber um copo de água estão a desgustar uma pequena porção muito diluida made in intestino grosso. Mas agora vêem os mais intervenientes e que perguntam em relação ao vinho. Então e o vinho?
Pois bem, digo-vos que o vinho ( que utiliza água no processo da vindima para calibrar o acuçar das uvas) devido à alta fermentação, mata todas as bactérias que existam por lá.
Portanto em conclusão vos digo: Mais vale beber vinho e dizer merdas, do que beber merda e não dizer nada.

V de Visa


Confesso que já estava a desesperar quando no primeiro dia que cheguei a Cabo Verde, o Visa deu cancelado. Andei sempre de coração nas mãos perante uma situação de, ao meter o cartão no vinti4 (multibanco) e este ficasse retido. Então de uma vez por todas, telefonei para o banco em Portugal com carregamento de telemóvel acabadinho de efectuar:
Eu ( muito irritado): Queira fazer o obséquio de me ajudar: Estou em Cabo Verde e preciso de levantar dinheiro para as minhas despesas, para pagar o aluguer do carro e o cartão está a dar cancelado. Quero saber o que se passa.
De Portugal: Queira então confirmar os seus códigos de acesso...
Eu: blá blá blá blá.
Nenhum dos códigos activava a conta e eu estava a ficar cada vez mais irritado com aquela situação, até que após algumas confirmações dos dados pessoais, o senhor que me atendia descaiu-se e perguntou-me: Mas de quanto é que o senhor precisa?
Eu ( a “saltar-me a tampa”): Caro senhor, a questão não se trata de quanto preciso ou não. Trata-se de ter dinheiro para fazer face às minhas despesas aqui e recordo-lhe que o dinheiro que tenho aí na conta é meu e quero-o disponível e não estar racionado ao vosso belo prazer, portanto faça o favor de desbloquear essa situação porque se tal não acontecer, eu antecipo o meu regresso a Portugal e o senhor não vai ter prazer nenhum em me ver no banco a fechar as minhas contas.
Entretanto a chamada caiu porque o saldo tinha acabado ( 15 euros por uns 4 minutos a falar).. desesperado dirigi-me a um telefone público e liguei novamente para o banco.
Eu: Queira-me desculpar, a chamada foi abaixo porque fiquei sem saldo.
De Portugal: Não se preocupe Sr. .... são coisas que acontecem. Entretanto tive a falar com o seu gestor de conta e ele não notou qualquer anomalia. Provavelmente são dificuldades de comunicação.
Fiquei mais descansado e a partir deste ultimato ao banco, acabaram os problemas com os pagamentos e agora após consultar o saldo do banco via internet, o plafond do Visa subiu para o dobro. Nada mau. Assim está melhor.

terça-feira, 8 de abril de 2008

U de Uiiiiiii !!!! ( e outras expressões)


Quando duas culturas se encontram e embora parecidas, é natural que o intercâmbio de "experiências" (não é nada disso que vocês estão a pensar) e a troca de valores sociais acabem por ser adoptados hábitos de ambas as partes...
Trouxe de Portugal uma série de expressões que à medida que vou falando com as pessoas que convivem comigo, vão ficando com o vocabulário mais enriquecido... ou não!!!
Muitas vezes tenho que reformular o discurso porque de vez em quando acontece um " lost in translation". Recorro com alguma frequência à gíria, calão ou mesmo expressões populares que por vezes não são compreendidas e depois solta-se um " ka ta comprendi".
O crioulo é uma mistura de português arcaico com a lingua ( salvo seja) dos antigos escravos africanos que vieram povoar estas ilhas. Compreendo algumas coisas em crioulo mas a grande dificuldade é a conjugação das frases e por vezes lá vem uma bacorada... dizem que tenho o sotaque badiu... é natural porque estou em Santiago e a tendência é a assimilação da língua. Eu explico; badiu é a palavra para designar os nascidos na Ilha de Santiago; os nascidos nas restantes ilhas são sampatchudos.
Mim sta bai , quer dizer, vou andando. Eh pá, e agora reparei que estou quase a chegar à letra Z.

U de Uniforme


Os uniformes escolares são obrigatórios em todas as escolas e cada uma adopta a indumentária para os estudantes.

Ao ver estes uniformes, fez-me recuar ao tempo na década de 70 em que a minha professora primária tentou impor um uniforme escolar... Não se podia chamar uniforme escolar a uma bata branca que tinha que ser usada por cima da roupa mas era o que se podia arranjar. Sopravam os primeiros ventos de mudança, após a queda do regime totalitário que nos governou durante quase 50 anos. O certo é que ao longo desse ano escolar a professora tentasse a impor o uso da bata, depressa caiu em desuso. Foi mais uma queda de uma barreira igual a outras tantas que foram caindo em nome da liberdade. E os castigos? Agora não são pedagógicos mas lembro-me de levar reguadas nas mãos por não fazer os trabalhos de casa e de levantar as saias às raparigas, as orelhas de burro em cartolina que me punham na cabeça e me faziam ir prá janela para que toda a gente visse o burro que eu era ( sem conotações negativas para o pobre animal).
Recordo-me desses tempo com alguma nostalgia mas confesso que os castigos eram despropositados e inadequados. A professora, embora fosse má e privilegiasse os " meninos e meninas de bem", incutiu-me valores essenciais que me acompanharam ao longo da minha vida e me fizeram ser quem hoje sou. Este foi um post de regresso ao passado.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

T de Tarrafal ( algumas fotos sem grande necessidade de palavras)






Tarrafal ( Colónia Penal do... )






« Entre os pavilhões B e C, em frente do portão do campo, ao fundo, há uma construção diferente de todas as outras (...) . »
(...) « um pequeno pavilhão de paredes caiadas a ocre, janelas e porta em madeira e cantaria vermelha, dividido em duas pequenas salas, uma de espera para os presos doentes e outra para o consultório médico;
(...) era o Posto de Socorro, mas também servia de Casa Mortuária, o que estava perfeitamente de acordo com o médico do campo, que mais gostava de assinar certidões de óbito do que se tratar dos doentes.»
« Esmeraldo Pais Prata, nomeado médico do Campo de Concentração do Tarrafal por finais de 1936, só em Abril de 1937 se apresentou para dar consulta. Tralheira foi a alcunha com que o conhecíamos aquela que merecia quem afirmava:
(...) “ Não estou aqui para curar, mas para passar certidões de óbito.” »
« A dor dos doentes do Campo deixava-o indiferente. Pela calada da noite vinha assistir aos espancamentos. O muito ódio que tinha por nós era frio; a medicina a arma com que feria. E como médico podia atingir-nos de muitas formas.»
Alem de médico do Campo, era Delegado de Saúde e Administrador do concelho do Tarrafal.

Tarrafal ( Colónia Penal )



Para quem está na Ilha de Santiago é obrigatória uma visita à Colónia Penal do Tarrafal em Chão Bom ( Tchon Bon), situada do lado esquerdo a 2 quilómetros a caminho da vila do Tarrafal. O preço da entrada nas instalações é de 100$00, sem visita guiada mas sem limite de tempo. Respirem um bocado de história tristemente manchada e associada à repressão imposta pela ditadura salazarista aos inimigos politicos.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

T de Tarrafal ( mais uns argumentos)






T de Tarrafal





Ainda precisam de mais argumentos para visitar este país?

S de Sucupira



No final da Avenida cidade de Lisboa fica o mercado de Sucupira. Numa encruzilhada de labirintos dentro do mercado onde é dificil passar duas pessoas ao mesmo tempo e ao amontoado de artigos para venda, tem um ambiente muito agradável. É um mercado que funciona todos os dias embora a maior afluência de vendedores e compradores seja ao fim de semana e às quintas e sextas. É um mercado onde se vende os mais variados artigos de vestuário, calçado e diversas bugigangas. Os preços não são tabelados e portanto o precário é variável conforme a apresentação dos SER ( sinais exteriores de riqueza).
Roupinha europeia, tenis Puma de "ir aqui ir acolá" e a falar português, levei logo com os preços devidamente inflacionados.
O gosto que dá ao visitar este lugar é regatear os preços.. façam a vossa oferta de 30 a 50% abaixo do preço pedido que normalmente os vendedores cedem e nada melhor do que poupar uns trocados para ir beber uma água de cana à esplanada do bar Nós África no centro comercial ao lado. Uma maravilha.
foto em cima: Um das entradas do mercado de Sucupira. Este povo tem orgulho na sua bandeira, é muito frequente haver lojas que comercializam todo e qualquer artigo com a bandeira caboverdiana.
foto em baixo: Da esplanada do Nós África, uma vista panorâmica sob o mercado da Sucupira.

S de Souvenirs ( ou recordações, se preferirem)


Se estão a ler este post é porque estão interessados em saber o que comprei até agora e que tenciono levar para Portugal.
Tive de comprar uns chinelos.. é verdade. No outro dia ao sair do banho dei uma valente "patinadela" e resolvi comprar uns chinelos vermelhos anti-derrapantes para evitar estragar as férias com uma perninha aleijada.
Na mala com a roupa suja estão já algumas compras que fui adquirindo ao longo da minha estadia aqui. As férias aproximam-se do fim e não vale a pena meter a roupa a lavar no hotel. Não sei que raio de contas que eu fiz que não tenho boxers lavados para vestir mas nada que não se resolva. O mercado de Sucupira vende uns boxers espectaculares em lycra que se chamam Don Marco, achei-os baratos comparados ao preço que custam os da Springfield mas acho podia regatear ainda mais o preço.
Comprei uma bandeira caboverdiana extra-large para meter na parede do meu escritório e uma matricula. Umas t-shirts com a bandeira de Cabo Verde mas feitas na China, cds de kizomba.
Como não bebo, dentro da mochila a tilintar uma garrafa de grogue, duas de poche de côco, uma de ponche de mel e uma de ponche de calabacera. Um pano tradicional caboverdiano que me escapou o nome e mais algumas coisas que ainda vou ter que comprar...
Acho que ainda vou mais carregado para Portugal do que vim para aqui.

S de Segurança


E se um segurança de discoteca lhe pede para o acompanhar ao exterior deste espaço de diversão e levar a carteira sem paragem para pagar o consumo, isso são............ problemas!!!!
Enorme aparato junto à minha pick-up e embora estacionada em lugar VIP levou um "beijinho" de outro carro por quem sentiu uma enorme atracção.
Identifiquei-me como sendo o condutor da carrinha junto da policia nacional. O "beijinho" de atracção entre as duas viaturas, não teve quaisquer consequências para a pick-up e como tal não precisei de accionar o seguro e muito menos de apresentar queixa. Os ocupantes do outro carro agradeceram não ter apresentado queixa à policia com uns apertos de mão e umas palmadinhas nas costas. Com a mala do carro completamente metida para dentro e a fazer contas para aquela reparação, lá foram à sua vida.
Eu fui à minha... cerveja que tinha ficado a meio.
"mas tu disseste que não bebias..."
foto: Estátua de Diogo Vaz no Plateau, aqui de gibão e pose de segurança de discoteca.

terça-feira, 1 de abril de 2008

S de Sketch televisivo


Recordam-se de um programa televisivo de humor nacional que um naufrago português resgatado no meio do oceano que depois de longa ausência e longe da civilização, anseia por noticias do seu país ?
Depois de ouvir todas as desgraças que se passavam no seu país dizia: " Eu quero voltar prá ilha !!! "
É o meu sentimento... aliás, o meu sentimento é não querer sair de cá.
Em Portugal nada de novo... acho que vou ficar por aqui mais uns tempos....

Sinais de trânsito, semáforos, traços continuos...



.... e estacionamentos improvisados.

Pouca sinalética e com pouca informação essencial. Os semáforos não funcionam, os traços contínuos não se respeitam, não se pára nas passadeiras e ultrapassa-se nas lombas sem qualquer visibilidade. Estacionamentos improvisados, conforme lido no manual da lei do desenrascanço, em qualquer lado à boa maneira tuga.
Estou longe de Portugal mas nada melhor como ver tantas referências do meu país para me sentir logo em casa...
Quem disse que a herança cultural tuga está a desaparecer?
foto de cima: A preparação da picaria ( corrida) com a Yáce à frente...
foto de baixo: Já no interior com a Yáce a milhas de distância e ainda tempo para tirar uma fotografia.

S de Serra da Malagueta





Para uma visita ao Tarrafal pelo interior, têm inevitávelmente que passar pela Serra da Malagueta.
Com condições meteorológicas adversas da restante ilha de Santiago, é normal ver a serra envolta em névoa. Imaginem que está um calor de 30 graus na ilha e aqui em cima têm que estar bem agasalhados. Uma paisagem de cortar a respiração, uma beleza da natureza.
Quando saí do carro para tirar estas fotografias, fiquei a bater o dente de tanto frio e achei estranho que os residentes nestas paragens andam de ... manga curta, calções e chinelos.
Mas eu é que devia de estar habituado a temperaturas frias...

R de Ribeira das Pratas





Vila piscatória situada a 5 quilómetros da vila do Tarrafal. O acesso a esta praia faz-se através de um caminho de areia negra rodeada de coqueiros.
Vi no National Geographic Channel que a queda de côcos dos coqueiros matam mais pessoas que os ataques de tubarões. Ora aqui estão duas coisas de que não queremos ouvir falar quando estamos de férias num lugar paradisíaco... levar com um côco no meio da testa de uma altura considerável ou ser mordido por um tubarão ( daqueles vegetarianos que só comem plantas e palmas.... plantas dos pés e palmas das mãos).
A praia de Ribeira das Pratas tem uma grande extensão de areia negra num cenário semi desértico deslumbrante. O oceano Atlântico à nossa frente, os coqueiros de fundo num cenário mágico captado por alguma objectiva fotográfica para um livro de viagens. O sitio ideal para montar uma tenda, desligar o telemóvel e abstrair-se das complicações deste mundo.